
Para mim é, simplesmente, impossível não tentar criar uma intimidade com o cliente. Um encontro mecânico, sem envolvimento, sem entrega, não existe. É algo meu. Eu não consigo ser pela metade. E ainda bem que esse cavalheiro entendeu isso.
A gente se encontrou no bar do hotel Unique, no começo da noite, por volta de 19h. O tempo estava agradável, mas com um vento mais frio típico da capital paulista. Ele estava de terno, parecia ter saído de alguma reunião direto para me encontrar. No fundo, parecia que eu era mais uma reunião do seu corrido dia.
O cavalheiro estava sentado à mesa com um copo de whisky, me aproximei sorrindo e o cumprimentei com um beijo e me sentei. Perguntei o que estava bebendo e ele disse apenas: whisky. Insisti e disse: posso te acompanhar na bebida? Ao que, prontamente, ele falou: na verdade, gostaria de ir para o quarto já.
Subimos para o quarto que ele havia reservado, e fui ao banheiro: eu preciso me preparar, disse a ele. Percebi que precisava tirá-lo daquela posição de defesa, não porque estava me incomodando, mas por ele mesmo, para que pudesse ter um momento de prazer, não apenas sexual, mas de conexão, um prazer real.
Sai do banheiro com uma camisola preta de seda, que marcava minhas curvas, realçava meu decote. Ele estava sentado na cama, tinha apenas tirado os sapatos. Eu cheguei perto e ele me puxou pela cintura, segurei em seus ombros e disse olhando em seus olhos: vamos com calma, nós temos tempo suficiente, comigo é conexão de verdade, tem que ser por inteiro. Então, vamos nos apreciar.
Ele sorriu pela primeira vez na noite, e concordou com a cabeça. Fui tirando sua gravata e perguntei: fala do seu dia, o que veio fazer em São Paulo? E esse foi o começo de um encontro incrível, que no começo parecia tomar um rumo, no mínimo, sem graça, acabou sendo uma noite fantástica, cheia de trocas e aberturas. E por causa disso, o cavalheiro faz questão de me encontrar sempre que visita São Paulo.
Ontem foi o primeiro encontro com um cavalheiro. Preparei meu apartamento com cuidado, queria criar o ambiente perfeito para aquela noite. Acendi velas aromáticas, escolhi uma música suave, ajustei as luzes de uma maneira suave e acolhedora, criando um clima romântico e sensual, ideal para duas pessoas que estavam prestes a se conhecer melhor.
Trocamos mensagens brevemente e mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, eu já sentia que sabia um pouco sobre ele. Desde o início, ele se mostrou generoso, atencioso, um verdadeiro gentleman. Quando chegou ao meu apartamento com uma garrafa de vinho nas mãos, percebi de cara que ele queria me agradar. E conseguiu. A conversa fluiu com uma facilidade surpreendente. Falamos de tudo, até dos negócios dele, sempre de uma maneira leve e descontraída. Demos risadas, nos divertimos, e a noite foi passando de uma forma maravilhosa.
Em um momento, eu me levantei para completar nossas taças, e ele me pediu que parasse perto dele. Disse que tinha gostado do meu vestido e queria saber o que tinha por baixo. Com calma, ele tirou uma alça de cada vez, deixando meu vestido cair, revelando uma cinta-liga vermelha. Quando ele me olhou, sorriu satisfeito. E eu sorri de volta. Fiquei toda arrepiada com o toque suave e gentil dele, que me fez sentir desejada e respeitada.
A noite foi mais que especial; nos conhecemos melhor e tivemos momentos inesquecíveis. Ao nos despedirmos, eu fiquei com a sensação de que veria o cavalheiro mais vezes. Ele me cumprimentou com um beijo de despedida, confirmando o que eu já acreditava, e me olhou com carinho, dizendo: "mal posso esperar para te ver novamente."
O dia em que fiz uma surpresa para o cavalheiro.
Um encontro comigo sempre tem algo de especial, nenhum é igual ao outro, mesmo com clientes de longa data, como esse cavalheiro em especial. Ele já sabe que comigo vai ter um jantar agradável, acompanhado de uma conversa interessante. Normalmente, ele deixa a escolha do restaurante por minha conta, confiando nas minhas opções sofisticadas.
Apesar de ser um executivo centrado e, às vezes, um pouco sério, ele nunca deixou de ser carinhoso e gentil. É um romântico à moda antiga, do tipo que dá presentes, escreve bilhetes e planeja surpresas. Nesse dia, nos encontramos no Fasano, porque eu escolhi o Gero para o nosso jantar, e como sempre, ele foi um verdadeiro cavalheiro.
Mas dessa vez, a surpresa seria minha. Sentamos, pedimos as bebidas, e a conversa foi fluindo. Perto do fim, já com a sobremesa quase acabando, decidi seguir com meu plano. Levantei e disse: “Vou ao banheiro, volto já.” Ele sorriu e acenou, sem suspeitar de nada.
Quando voltei, caminhei devagar por trás dele, cheguei perto do seu ouvido e sussurrei: “Hoje, o presente é meu.” Coloquei algo no bolso do paletó dele e, com um sorriso malicioso, perguntei: “Reconhece?”. Era a calcinha de uma lingerie que ele mesmo tinha me dado tempos atrás. Ele reconheceu na hora, mas ainda perguntou: “Você está... sem nada?” Ri e falei: “Ainda falta muito para o jantar acabar?”
Deixamos a sobremesa para trás e subimos para o quarto. Ele, ainda incrédulo, disse: “Você realmente tirou a lingerie no banheiro?” Eu só levantei um pouco o vestido, mostrando que o presente era real. Minha surpresa tinha dado mais certo do que eu esperava.
Ela jamais imaginou viver isso.
Preciso compartilhar um momento que carrego com carinho… Um casal vindo do interior de São Paulo decidiu explorar algo completamente novo, algo que exigia confiança e entrega. Era o primeiro encontro deles nesse universo, e o ar estava carregado com aquele misto irresistível de expectativa e desejo contido.
Nos encontramos no hotel, e foi o marido quem me recebeu no lobby. Ele era elegante, atencioso, e soube conduzir tudo com a discrição que uma experiência como essa pede. Subimos para a suíte enquanto ela, como combinamos, esperava no restaurante. Quando entrou no quarto, sua postura era de quem estava fora da zona de conforto, mas ao mesmo tempo intrigada com o que poderia acontecer.
Ela era deslumbrante, com um estilo clássico e reservado. O tipo de mulher que exala elegância, mas que nunca se imaginaria vivendo algo assim. No início, havia aquela tensão no ar, um misto de timidez e curiosidade, mas cada gesto, cada palavra, foi pensado para que ela se sentisse segura, no tempo dela.
A experiência foi leve, respeitosa e envolvente. Era como se um novo mundo se abrisse para ela. Aos poucos, ela deixou de lado as inseguranças e se permitiu viver o momento. O que aconteceu naquela noite transcendeu o físico , foi uma transformação, um despertar.
Desde então, tivemos outros encontros, cada um mais intenso e inesquecível. Mas essas histórias… Ah, essas eu guardo para os próximos Contos da Paula. Afinal, algumas experiências merecem ser reveladas aos poucos.
Ela jamais imaginou viver isso — Parte 2
Algumas experiências não apenas permanecem, elas evoluem. Depois do nosso primeiro encontro, ficou claro que havia algo especial entre nós. Não era só desejo… era curiosidade, sintonia e uma entrega silenciosa que pedia continuidade.
O segundo encontro foi no Palácio Tangará. Um convite que veio com uma delicadeza que me encantou: jantar no restaurante do hotel, lingeries pretas combinadas… e um striptease feito por nós duas, só pra ele. Cada detalhe planejado por ela, que agora se permitia imaginar, e desejar.
Eles me esperavam no restaurante. A atmosfera era elegante, mas havia uma tensão deliciosa nos olhares. Ela estava ainda mais linda. Mais segura, mais solta. O vestido que usava deslizava sobre o corpo como se tivesse sido feito para provocação contida. E eu, de vestido longo e pele à flor da renda, cheguei para completar o cenário.
Durante o jantar, trocamos sorrisos cúmplices e silêncios cheios de intenção.
Nenhum de nós estava com pressa. O desejo sabia esperar.
Na suíte, a luz era suave, e o tempo desacelerou. Colocamos uma música. Nos aproximamos como se o momento já estivesse ensaiado em nossas mentes.
Ela tocou meu pescoço com a ponta dos dedos e me olhou como quem pede permissão e, ao mesmo tempo, conduz. Beijei seus ombros, desfiz seu zíper com calma, sentindo o calor do seu corpo se revelar pouco a pouco. Em resposta, ela deslizou minhas alças devagar, enquanto nossos lábios se encontravam entre sorrisos contidos e respirações suspensas.
As lingeries caíram como promessas sendo cumpridas. Cada peça retirada era um convite a mais, um limite ultrapassado com elegância.
Ele nos assistia, silencioso, atento, quase imóvel.
Até que se levantou.
Suas mãos nos tocaram ao mesmo tempo, um gesto simples, mas que incendiou o ar. A partir dali, não havia mais separações. Corpos se misturaram com naturalidade, como se aquela cena já estivesse escrita muito antes de acontecer.
Ela, agora sem reservas, se entregava aos toques e beijos com uma liberdade que emocionava. Trocávamos olhares enquanto ele explorava cada detalhe, e havia algo de sagrado naquela entrega a três, como se cada gesto dissesse: “estamos aqui, todos, inteiros, presentes.”
Foi uma noite cheia de descobertas. Um segundo capítulo escrito com desejo, respeito e uma conexão que não se explica, se sente.
E o terceiro encontro…
Ah, o terceiro foi diferente.
Fomos quatro.
Mas isso, eu conto depois.
Quando ele me levou para o outro lado do mapa.
Nos conhecemos em São Paulo. Ele tinha vindo a negócios. Durante a estadia, tivemos dois encontros. No segundo, entre um vinho e uma troca de olhares silenciosa, ele me perguntou se eu aceitaria viajar para vê-lo em Paramaribo, no Suriname. Sorri, sem prometer. Gosto quando as coisas nascem assim, com tempo e desejo misturados.
Meses depois, uma mensagem: “Paula, topa vir pra Paramaribo passar uma semana comigo?”
Ele me passava a confiança que eu precisava. Nem precisei pensar duas vezes.
Cheguei à noite. Duas pessoas de confiança dele me esperavam no aeroporto. Me senti segura, cuidada. Fui levada ao hotel, um dos melhores da cidade, e só no dia seguinte nos veríamos. Ele é esse tipo de homem: poderoso, reservado, mas cheio de gestos que falam por ele. Gosto disso.
Nos encontramos com a leveza de quem já se conhece, mas ainda tem muito a explorar. Conversas, toques, risos baixos. Em um dos dias, ele me disse que tinha uma surpresa: reservou um resort mais afastado, fora da área central, para passarmos o dia.
Tivemos massagem com pedras quentes, um almoço demorado e longos momentos de silêncio confortável, daqueles que só rolam quando o corpo já conhece o outro. Mais tarde, no quarto, a coisa foi mudando de ritmo. Primeiro beijos leves, aquele toque que provoca mais do que entrega… até virar desejo puro. Foi intenso, sem pressa, do jeito que eu gosto. Quando tudo acalmou, ele ficou deitado ali, me olhando como quem ainda tava digerindo tudo. Eu sorri. Ali, naquele quarto escondido do mundo, o tempo parou por um instante.
Voltei de Paramaribo com a certeza de que há homens que não pedem nada em voz alta, mas dizem tudo na forma como te recebem. E encontros que não precisam de promessas, porque já deixaram marca demais pra serem esquecidos.
Em datas especiais, como Natal, meu aniversário ou Dia dos Namorados, ele sempre me envia uma mensagem e um mimo. Continua presente, mesmo de longe.
Cabeçalho 1
Quando o voo atrasa... e o destino acerta.
O cliente que viria naquela noite remarcou.
Minutos depois, uma mensagem chegou no meu WhatsApp:"Tive um voo cancelado. Estou em São Paulo por acaso... e pensei em transformar essa espera em algo bom."
A forma como ele escreveu já me chamou atenção. Gentil, direto, respeitoso.
Valorizo homens que sabem abordar, porque o primeiro toque começa ali, na intenção das palavras. Aceitei.
Fechamos por duas horas.
E ele veio até o meu apartamento.
Como sempre, preparei tudo com meus rituais:luz baixa, perfume suave no ar, uma playlist que acaricia sem distrair…e aquele cuidado nos detalhes que faz qualquer homem entender que está entrando em um espaço pensado para ele.
Quem entra sente.
Aqui, tudo tem o meu toque.
Quando ele chegou, hesitou por um segundo na porta.Seus olhos percorreram o ambiente antes de pousarem em mim.
Vestido preto, justo o suficiente para insinuar, solto o bastante para flutuar.
Sem sutiã. Um detalhe que só percebe quem merece.
Ele percebeu.
Nos sentamos, conversamos, rimos…Brindamos com vinho tinto.E quando nos beijamos, foi como se o tempo parasse.
Ah, que beijo.
Eu gosto de beijar.
Gosto do jogo, da entrega que vai crescendo no ritmo certo.
E ele sabia jogar.
Os toques começaram na sala.
Mãos firmes, respiração quente, corpos que se procuravam como se já se conhecessem.
Exploramos sem pressa.
Quem entende de desejo sabe: o melhor está no caminho, não só no ápice.
Fomos para o quarto.
A respiração já dizia o que os corpos confirmariam.A luz morna acariciava a pele, e o som do nosso silêncio tinha gosto de vontade.
Meu vestido deslizou devagar, revelando o que ele já havia notado: eu estava sem sutiã.
As mãos dele… seguras.
A boca, precisa.
Entre sussurros e arrepios, tudo ficou mais intenso.
Nos tocamos como quem já sabia.
Tinha entrega.
Tinha fome.Tinha pausa e força na medida exata.
Na despedida, ele me olhou com aquele sorriso lento, de quem viveu mais do que esperava.
Beijou minha mão e disse que o cancelamento do voo tinha ganhado um novo significado.
Sorri.
E pensei, enquanto fechava a porta:às vezes, um voo cancelado é só o jeito mais elegante que o destino tem de acertar a rota.